sexta-feira, 31 de maio de 2013

Chamando Seres Estranhos

Venha para a Terra.
Pise no chão.
Não deixe fluir
A sua imaginação.

Não diga o que pensa,
Seja igual à nós.
Ninguém aqui comenta,
Então guarde sua voz.

Seja humano
E saia do espaço.
Somos programados,
Somos feitos de aço.

Nos dizem o que fazer
E não nos deixam agir.
Capturaremos você.
Não há para onde fugir.

Retrato do meu drama fútil

Podia ter começado a escrever mais cedo
Pra ser um Manuel de Macedo
Pena que questão nenhuma eu fiz
De ser um Machado de Assis
Ao menos, deixei de ser um espectro
E escrevi, como fez Lispector
Não queria que esse fosse meu fim
Queria ser um aspirante a Jobim
Mas o que aprendo não é coisa fina
Nunca terei tanto sucesso quanto Elis Regina
Sinto que nunca serei grandioso
Como um Caetano Veloso
Não sei como vai ser o dia de amanhã
Mas não serei como um Djavan
Não vou ter meus sucessos numa vitrine
Nunca serei tão bom quanto Lenine
Sobretudo, queria celebrar a arte
Mas nunca serei nenhum Chico Buarque

P.S.: Um dia, eu Vi valdi
      E pensei, "i'll Bee thoven"

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A escritora imprevisível

Começas a escrever e não dá outra
Mudas a estética do escrito como quem troca de roupa
Escreves de um jeito quando é amor e de outro quando é dor
Mudas a essência do texto como um camaleão muda de cor
Pode ser lápis, grafite ou caneta
Ninguém nunca sabe como vai ser tua letra

Drama

Sempre que penso
Ele invade meu sistema

terça-feira, 28 de maio de 2013

E ninguém entende

Tenho o teclado à minha frente
Espaço a ser ocupado na minha mente
Dedos ansiosos por digitar
Paro e tento me concentrar pra criar

Passa o tempo e nada consigo
Na minha cabeça, é difícil achar um amigo
Mas tenho a noite e suas estrelas
Brilhando no céu, tão belas

Tenho uma xicará de café
E uma cadela deitada no meu pé
Mas sobre o que eu quero não sai uma rima
Essa obsessão se torna um ímã

Tenho ideias que levo na cabeça
Que fazem com que alguns ideais desapareçam
Levo sentimentos no fundo do coração
Que não mudam, seja aqui ou no Japão

Tenho todo o tempo do mundo
E por isso, não paro. Vou fundo
Podia parar e pegar meu violão
Pra fazer remexer tudo como um tufão

Tenho tudo o que é necessário pra viver
Mas por loucura, não consigo ver
Não me deixe simplesmente continuar
Por que quero, inevitavelmente, alguém amar

Não sei por que amigos e outras coisas não bastam
Esses poucos remendos da minha vida só se arrastam
Não consigo chegar ao lugar que quero
Não tenho alguém pra dançar um bolero

A vida que se segue assim
Tão monótona com estranho fim
Já não me revela tanto encanto
Me deixa decepcionado pelos cantos

Me deixa triste e sozinho
Me priva de todo aquele carinho
Que sonhei em dar e receber
E daqueles momentos que tanto queria ter

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Uma perspectiva do grande julgador

     Às vezes, ele só quer ser elogiado. Quer saber que é importante e faz parte de algo maior. Quer olhar em volta e se dar conta de que se importam com ele. Quer perceber que, de alguma forma, é diferente. Que está mudando o mundo. Mas não. Ele não é diferente de qualquer um de vocês. É só um egoísta mimado que se acha dono de seu próprio mundo e sei que muitos de vocês são bem melhores que isso.
     Até o entendo... Se ao menos ele não se iludisse achando que sua vida está mergulhada em desgosto. Talvez fosse melhor se ele achasse outro corpo pra mergulhar suas lágrimas. Mas é fraco. E como! Não consegue se sustentar sozinho. Acha, ilusoriamente, que precisa de alguém para ajudá-lo pro resto da sua vida.
     No fim de tudo, grande julgador, te entendo mas não concordo e jamais hei de concordar contigo. Sei que nunca recebeste tanto carinho dos teus próximos e muito menos atenção. Sei que todos os teus amores até hoje foram frustrados e te doem o coração. Mas tens o potencial necessário para passar por cima de tudo isso. Só precisas de um pouco mais de positividade. 

domingo, 26 de maio de 2013

Amor pausado.

Enxerguei o amor, e foi assim.
Tão simples quanto havia de ser.
Por hora, sem mistérios, sem segredos.
Só amor mesmo.

Ai se ele soubesse!
O quanto é prazeroso
sentir o meu ser observando
(atentamente)
não como quem espera,
mas quem sente.

Enxerguei o amor.
E foi assim que comecei a viver :
Deslumbrada com a sua beleza.
Óbvia, honesta,clara mas complexa.
(assim como a natureza)

Mas eis que não o tive com frequência
e fui vivendo assim, a vida na pausa.
Uma hora se vive.
Outra se para.

Sonhos

Já fugi com uma fada na Conde da Boa Vista
Corri pra não ser morto na Abdias
Me assustei com aranhas na parede de uma casa mal-assombrada
Dancei valsa no salão com Milady de vestido rosa
Vi um jogo de futebol quase agoniante
E por várias e várias vezes sonhei com nós dois
Infelizmente, eram sonhos que nunca tinham um fim completo
Sempre éramos interrompidos no meio da conversa
Ou no meio do clima
Ou no meio dos beijos
E no meio da felicidade
Pelo sol me iluminando a cara
Pelas portas da minha casa batendo
Pelos cachorros latindo
E, às vezes, por que era algo que eu queria que se tornasse verdade quando acordasse
Agora que parei pra pensar, nenhum desses sonhos sequer faz sentido
Nem mesmo o de nós dois juntos
Somos um passado distante e um futuro improvável
Mas, ah!
Se eu pudesse tornar esses sonhos em verdades
Te daria a fada
Correria pra te encontrar
Deixaria pra trás as casas e o futebol
Só pra dançar uma última valsa contigo

sábado, 25 de maio de 2013

Meu pé de mamão

O sol nasceu de mansin,
Tarra tudo nublado.
Os gaio do pé de mamão, molhadin
Acordaram quando abri a janela do lado.

Ôto dia, o pé de mamão num tarra mais lá
E dento de mim começou uma revolta.
Ô bixin, traga ôta semente pr'eu plantá.
Eu quero é meu pé de mamão de volta!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

É amor

Quê que é isso, meu deus?
Essa coisinha chata que me aperreia todo dia.
Esses pensamentos doidos que me perseguem.
Pensar nela do segundo que me acordo até o que eu pego no sono é normal, é?
E sentir ciúmes quando ela não me dá atenção?
E ficar feliz quando ela brinca comigo?
Oxe, nãm.
Sei o que é isso não, visse?
Vai ver é doença
Essa doidice que me persegue.
Ave maria!
Se isso for amor, pense num negócio desmantelado arretado!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Brácteas


Flores estranhas,
Não sei de quem/o que é.
Sempre as vejo
Imagino e descrevo.
Brácteas vermelhas,
De longo caule.
Flores escuras.
Verde.
Amarelo.
Mas e as folhagens?
Não sei.
Não aparecem?
Existem?
É tudo só um sonho?
Vermelhas de sangue.
Vermelhas de dor.
Vermelhas, tão grandes.
Vermelhas de amor.
Podia ser qualquer coisa
Que não consigo dizer.
Podia ser meu destino,
Mas só se fosse você.
Podia me levar
Pra qualquer lugar,
Me fazer sorrir e navegar.
Mas ainda estou aqui
E não descobri.
O que essas flores estranhas
Querem dizer para mim?

Poema por Lisianthus Noturno e Dinossauro Solitário
Desenho por Lisianthus Noturno

O idiota


Sou teimoso desnecessariamente.
Podia simplesmente deixar isso passar,
Mas não.
Só por que eu ainda quero.
Só por que eu acho que mereço uma nova chance.
Todos sabemos qual o desfecho dessa história
E insisto nisso.
Sou, quase declaradamente, um masoquista,
Um suicida
Levado por impulsos.
Um idiota
Que gosta de sofrer.

Ser Humano

Morte.
Por onde passa deixa vestígios,
Angústia, desespero infinito.
Que tristeza bicho-homem,
É o causador.
O que fazes na vida além de destruir?
Matas, florestas e rios afins?
Não entendo você bicho-homem,
Diz que sabe amar,
Sabe se importar,
Mas não passa de um ignorante,
Um bicho cego.
Errante.
Tem certeza que é isso que tu és?
Complexo tanto seu corpo quanto a sua mente,
Para diferentes animais,
Que comportamento clemente,
Assim acreditarei jamais.
Sua capacidade me espanta.
Habilidade
E inteligência plana.
Por que não sabes usar de forma correta?
Usa como quer e quando quer,
Será que essa é a resposta certa?
Mas em seu natural mais simples,
Quando nasce, uma esperança existe.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Ela


Ah, minha luz
É tão complicado te ver assim chateada
Tão pra baixo que piscas, incessante
Nesses momentos é que eu quero estar lá
Pra te lembrar que, mesmo que tudo esteja difícil
Não te esqueças que és a luz que ilumina tudo
E que viestes da escuridão
E iluminasse tudo da minha vida

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Desabafo


Indeciso de minhas vontades
Sigo minha vida pensando
De cabeça baixa
Toco meu violão e viajo no som sozinho
Sinto a vibe ao meu redor
O cheiro das plantas
A brisa geladinha desarrumando meus cabelos
As pessoas conversando
Até aquele momento em que tomar decisões é inevitável
E eu penso, repenso, analiso, julgo
E, no fim
Nada
Decido fazer nada
Gasto horas pensando em como seria
Já gastei horas desejando que acontecesse algo
Ou desejando fazer algo
E nunca fiz
E assim continuo
Sem saber o que querer ou o que fazer
Mas ainda a analisar as situações
E estranhamente, desejando que elas acontecessem por um lado
E hesitando seus acontecimentos por achar que fosse dar errado
Bom, provavelmente não daria certo mesmo
É só aquela parte imatura e carente de mim querendo que as coisas acontecessem
Resultado disso é minha mente ficar confusa e indecisa
Luto pelo quê?
Pelo que quero?
Mas o que eu quero é outra coisa
É uma coisa diferente das que estou lutando
E aí dá mais vontade de lutar
E gera mais insegurança ainda
Não acho que existam lutas em vão
Mas sei os riscos que corro com cada luta
Cada vitória, ou impressão de vitória, te revigora
Te deixa radiante
Te faz leve
Só que, quando menos se espera
Alguém pode vir e te dar uma facada profunda no peito
E aí, tá tudo acabado outra vez
Foi assim que começou o grande trauma
Talvez daí que venha toda essa confusão e indecisão
Fazer o quê? Lutar? Esperar?
Sei lá
Esqueci o que eu quero
Tô fora dos eixos
E essa confusão vai me deixando mais indignado
Revoltado
Enquanto a confusão e indecisão aumenta
Pra resolver esse impasse
Só jogando tarô, dados, 
Pedra, papel e tesoura
Acho que eu to querendo levar outra facada, isso sim!

domingo, 19 de maio de 2013

Literature-se!


Leia
De Pessoa a Camões
Sinta todos os corações
Todas as emoções
E paixões
Leia de Bandeira
Até a beira
Leia até Bilac
E José de Alencar
Leia Orwell e Dan Brown
Leia Lispector
Mas não se sinta o tal
Se achar que já leu tanto
Leia Castelo Branco
Leia Álvares de Azevedo
Castro Alvez e Manuel de Macedo
De Andrade
Carlos Drummond e Oswald
Quando acabar
O livro não guarde
Vanguarde-se!
E quando se sentir do mundo
Uma filha bastarda
Pare tudo
Pra ler a retroguarda

sábado, 18 de maio de 2013

Ei, ei, ei, ei!


Quando você falou, atenção eu prestei
Quando você me olhou, com vergonha fiquei
Quando se aproximou, eu me entreguei
Quando foi embora, lamentei
Quando voltaste, pra perto andei
Quando permitiste, me aproximei
Quando deixaste, te abracei
Quando nos olhamos, te beijei
Quando a noite acabou, me apaixonei
Quando o sol raiou, percebi que te amei

sexta-feira, 17 de maio de 2013

É gol do Brasil


Brasil, meu Brasil!
Cadê tu, meu Brasil reivindicador?
Cadê tuas lutas?
Teus gritos?
Tuas revoltas?
Tuas contestações?
Tuas inquietações?
Num canto, gritam "Direitos!!",
Noutro, "Democracia!!",
Noutro, "Liberdade!!",
E em tuas terras,
No teu berço,
Nos teus braços, meu Brasil,
Só gritam "Gol!!".

Gênese

Crescer,
Para enfim viver.
Eterno aprendiz da vida.
Ser humano.
Criatura imperfeita.
Composta de ignorância e simplicidade.
E nesta expiação,
De um mundo vivente,
Pode alternar-se ser fútil ou educador,
Inteligente ou protetor,
Injusto ou ameaçador,
Livre-arbítrio,
Expectativas e ansiedade,
Escolhas e ilusões,
Alma.
Uma busca eterna para a paz suprema do inconsciente.
A espera de uma passagem,
Uma nova paisagem.
Uma nova vida.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Angústia

Se eu conseguisse explicar com palavras agora
Concretas
Discretas
E objetivas
Não estaria em lágrimas
Não sentiria tanta dor
Meu coração dói tanto
Tento me manter o mais forte que posso
Mas é tão difícil
Choro sem conseguir dizer nada
Quanta dor
Por que as pessoas que você ama
Justo as pessoas que você ama
Fazem isso?
Dizem palavras que ferem tanto
Não levarei como mágoa
Perdoarei
Não quero me lamentar
Mas dói tanto
Se eu pudesse esqueceria tudo que aconteceu
Recomeçaria
E tentaria alcançar a paz de espírito que tanto desejo
Que tanto almejo...
Por quê?

Por quê?

Bem de consumo


Ah, meu bem!
Meu metrô, meu trem,
Meu amor e mais além.
Meu amor é quem?
Nem lembro quando foi alguém,
Só sei que hoje não é mais ninguém.

Mas sua presença é essencial,
És um bem capital
E lamentavelmente és o amor,
Um bem não durável.
És bem de quem, que não te tenho?
Acho que não sou consumidor.
Sempre fui duro mesmo...

Em meio a tanto temor de acabar sozinho,
Troquei o amor pelo consumismo.
E faço o quê se não te posso comprar?
Tardo a esperar?
É mais fácil nascer outra vez
Do que essa cabeça consumista mudar.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

E a mania renasce


É ridícula essa ideia de minha cabeça.
Cabeça, não.
É uma ideia tão besta que só pode vir do coração.
Essa mania infantil de achar que estou abandonado.
A tristeza com aquele aperto doloroso no peito.
Não tenho nada, nem ninguém.
Nem você eu tenho, e provavelmente nunca mais terei.
A dor, o desespero e a angústia perduram mesmo assim.
Coisas tão fúteis e tão escandalosamente desnecessárias
Me fazem sentir céus de sentimentos.
E no final, aquela raiva,
Aquele ódio característico.
De mim, de ti, do mundo.
Aquela vontade de que tudo se exploda
Que me faz perguntar "Pra quê isso?",
E me respondo "Não sei".
E é aí que a mania,
A tristeza,
A dor, o desespero e a angústia
E o ódio
Recomeçam como um ciclo,
De novo, de novo e de novo.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Do it!


Se tu queres, não hesites
Não vaciles
Não pares
Nem olhes pra trás
Vá em frente
Vá fundo
Vá com tudo
Mesmo que estejas errado
Mesmo que todos estejam contra ti
Pouco importa
Se estais determinado
Dane-se o mundo!
Mude as coisas
Ou morra tentando

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Par In(existente).

Quero alguém que:
Toque piano com a mente.freneticamente;
Ouça o som da noite. e das flores;
Grite o silêncio.( ! )
Cheire o futuro.difuso;
Conheça a Dança e pergunte-a como ela se move.
Se imagine flutuando o tempo todo.
Sorria com os olhos. mas chore com o coração.
Ajude quem grita que está bem. Não se importe por quem insiste em chorar por todos.
Saiba como falar e como ficar quieto.
Ache um lugar para se fazer real.
                                       [que me faça querer viver a realidade desse mundo aterrorizante e irreal]

Única satisfação

Dos bailes que fiz,
Todos na minha cama,
Diferentes do que quis,
Que são com quem se ama.

Nas danças que quero,
Só penso em te ter,
Imaginando sua carne
e teus olhos a meu ver.

E eu rasgava com força
Seu vermelho vestido,
Mas estava sozinho,
Um solitário esquecido.

Matando meu desejo,
Vendo das plantas o esforço,
O que sobra de você
É um laço em meu pescoço.

Receita da tristeza

Tome uma pílula de saudade.
Uma xícara de falta de vontade.
Um copo de lençol.
Meio litro de frio.
500 gramas de noite.
Uma colher de chá de solidão.
Misture tudo.
Está pronto.

Olhar que me engana

     Seus olhos, às vezes, me dizem uma coisa, mas sua voz me diz outra completamente diferente. Eu acredito na sua voz, eu sei que o verdadeiro sentimento está sendo expressado por ela... mas seus olhos me confundem, fazem com que eu tenha um pouco de esperança, uma que eu nem sabia que existia. E por que parece que você alimenta essa esperança?
     Talvez eu só esteja delirando. Quem sabe, se eu me afastar, eu volte ao meu estado lúcido, e a minha imaginação pare de ver o que não existe.
     Mas no fim, eu não vou me afastar, porque eu tenho certeza que estar com você é o que me impede de enlouquecer de vez.

domingo, 12 de maio de 2013

Umidade (todas as ades)


A cidade
acorda, bela mocidade,
com céu em tonalidade
branca como a sanidade.

E na Rua da soledade
ou perto de algo com pouca idade,
ele acorda com vontade
e à sua janela a umidade.

Jeito de mãe


Todo dia eu vejo flores,
De diferentes tamanhos e cores.
Cada um no seu cantinho,
Deixando um perfume, um carinho...
Mães, todos os dias as vejo.
Cada uma com diferente manejo.
Incomparável jeito de cuidar,
Com seu jeito único de amar.
Mais que ouro, são preciosas,
E com seus filhos, são carinhosas.
Nunca deixam lhes faltar atenção.
Carregam eles por todo canto no coração.
Quando têm êxito em um filho criar,
Têm certeza de que ele voltará ao lar.
E quando veem o filho crescer
Lembram de seu trajeto desde o nascer.
Veem seus filhos chorando e fazendo barulho
Para no futuro, sentirem orgulho.
Ajudam a construir o futuro do país.
São fortes e belas como uma flor de lis.
Carregam-nos por nove meses
E te reerguem mesmo que fraquejes.
São um pilar da vida
Do qual é difícil imaginar uma despedida.
Quisera eu com uma oração ou um grito
Tornar uma mãe algo infinito.
Mas o tempo vai passando e disso após,
As mães todas tornam-se avós.

Poema escrito por Lisianthus Noturno, Poeta Falecido, Viajante Celeste e Dinossauro Solitário
Feliz dia das mães, de todos os integrantes da Retroguarda :D

Distância Temporal

     Estou me aproximando cada vez mais do meu destino. O tempo está se esgotando, e estou começando a ficar sem ele. Estou chegando no limite... no meu limite temporal. O tempo voa sem esperar por ninguém.
    Chegará um momento em que meu relógio da vida não irá mais funcionar, e o tempo não vai mais existir para mim. Fico trêmula só de pensar... mas não por conta da certeza de que meu coração irá parar igualmente com o relógio, e sim por causa da possibilidade de não ter feito tudo o que foi desejado. Temo terminar deixando algo inacabado, independente do que seja. Pode ser uma receita qualquer que eu tinha a intenção de fazer, ou até mesmo ir me despedir de alguém, muito importante para mim, prestes a viajar. Tenho medo de querer fazer tanta coisa, e que eu acabe fazendo nada, simplesmente porque o tempo não quis esperar, apressado como só ele.
     Incrível como o tempo pode ser curto quando se quer ele extenso. Temo o fim da estrada da vida não pelo seu fim em si, mas sim pela possibilidade de não fazer as devidas paradas desejadas.

sábado, 11 de maio de 2013

O automóvel


vrum vrum vrum buc buc buc buc buc buc
bi biiiiiii bibi bi bi biiiiiiii
uiiiiiuuuuuuuuu uiiiiiiiuuuuuuu uiu uiu uiu uiu uiu
@#$%¨&*!   *&%$#%$¨%$¨%$!
O.q.u.e.a.n.t.e.s.e.r.a.v.i.s.t.o.c.o.m.o.s.i.n.o.n.i.m.o.d.e.v.e.l.o.c.i.d.a.d.e
h.o.j.e.v.i.v.e.q.u.a.s.e.p.a.r.a.n.d.o.

Infância

Oh! Saudades dos tempos da infância.
Tempos cobertos de alegria e de ignorância.
Tempos em que um pedaço de pau não era só um pedaço de pau.
Em que se podia jogar toda sua imaginação para o alto sem ser julgado louco.
Em que a imagem do pai e da mãe era tão poderosas,
Podendo mandar ótimas recompensas ou até mesmo castigos impiedosos (em nossa mente tão infantil).
Saudades de quando não tinha de se acordar extremamente cedo aos sábados,
Que podíamos acordar a qualquer hora e brincar o dia inteiro.
Isso é... quando não deixava-se acumular as tarefas da semana para o fim de semana.
Oh! Saudades...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Conteste-se! (A população governa na democracia)


Não deixe a população sair roubada.
Não deixe de protestar se não quer ou se quer algo.
Somos uma democracia (teoricamente),
Todos devem ter seus direitos respeitados
E todos devemos nos respeitar.
Mas se o Senado faz tudo errado,
Se o cenário tá todo mudado,
Se a mídia esconde o passado dos políticos
E o presente da política,
Não espere pra que eu conteste,
Pra tu contestares
E ele contestar.
Juntos, agora, contestaremos,
E daí, vós contestareis,
E nossos filhos contestarão!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A reviravolta no pensamento do inútil


Eu tenho tanta coisa pra dizer
E nunca posso dizer nada
Não posso fingir que me importo
Não posso simplesmente falar tudo
Fazer tudo do meu jeito seria egoísmo completo
Também não tenho o que falar se não o que quero
Não posso falar pra quem quero, pra quem não quero
Pra quem estiver lendo ou se quer pra uma conrrente de vento
Tenho que aguentar mesmo
Deixar de criancice
Deixar de egoísmo
Deixar de besteira
Se tá me incomodando, me adaptarei!
Se quero alguma coisa, lá no fundo, terei que lutar por ela
Se perder, terei que me reerguer uma hora
Me levantar e continuar
Cansei de mim e dos meus jogos mentais malucos
Essa mente podre e criançuda
As idiotices estão saturadas
Tenho que levar porrada e continuar
Talvez algo dê certo nesse bolo
Se nada der certo, tudo bem, é a vida
Posso ter outras chances e assim espero
Só quero lutar fortemente pra alcançar meus objetivos
E ser alguém melhor pro mundo
Por que, ultimamente, eu tenho sido uma grande bosta

É assim que ele é...

Não liga para o aspecto físico.
Observa o aspecto espiritual.
É amado.
É amante.
Seus amigos não são de ouro,
Mas os aprecia como tal.
Ele tem tantos amigos ao redor,
Mas ainda assim, se sente só.
Seu passado o amedronta.
Seu presente não existe.
Seu futuro o fascina.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Nada disso conta...

     Alto ou baixo, moreno ou branco, olhos claros ou escuros... a aparência não importa. É observado outro tipo de característica. Animado ou calmo, comum ou alternativo, falante ou ouvinte... algo como a preferência musical também é observada, às vezes.
     Mas há casos que nada disso é importante. Que seus sentimentos por alguém são intensos, e independe de quem aquela pessoa é, ou como ela é... há momentos em que o sentimento simplesmente existe.

Crítica do amigo imaginário ao grande julgador


Se ninguém lhe pergunta o que aconteceu
Pensa que ninguém mais se preocupa consigo
Quando querem lhe perguntar
Nega que algo tenha ocorrido
O que queres dos outros, então?
Quando te querem ajudar
Tu afastas todos
Quando não te ajudam
Dizes que todos na Terra te abandonaram!
Cresça, grande julgador!
Já não tens mais idade
Para fingimentos e mentiras assim
Não és mais menino
Deixes de ser tão pirralho

terça-feira, 7 de maio de 2013

O poema


Estava eu sentado no parque
com os amigos a conversar,
quando um deles disse que ouviu uma pergunta,
feita, na minha opinião, sem ao menos pensar.
"Poema, pra que vai servir?
Não vamos usar isso por aí".

Entre os amigos, há quem disse que a pergunta era válida.
Outros diziam que era de total juízo.
Pergunta válida, até que era sim,
mas quem perguntou não pensou antes disso
nas razões do real escrever,
nem em tudo o que a literatura pode dizer a você.

Poemas são formas lindas de expressão.
São coisas belas de se dizer.
Se queres presentear alguém com algo belo e verdadeiro,
sugiro a ti um poema escrever.
Pois não se encontra por aí
algo de uma forma tão sincera assim.

Poemas mostram contextos históricos.
Revelam o pensar de cada época.
Fazem críticas, descrições e mostram paixões.
Vêm com suas rimas frenéticas
nos fazer pensar e nos ensinar,
não importa sobre qual século ou lugar.

E digo mais ao amigo questionador desconhecido:
poemas ajudam a aprimorar sua escrita.
Te fazem raciocinar sobre semânticas e rimas.
Não te faz perfeito, mas também não te torna maricas.
Te faz um cavalheiro pensante com ar de conhecimento.
Te faz dominar a escrita como um instrumento.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Erros... Arrependimentos

Perdoem-me
Meus inimigos,
Já não sou mais a mesma,
Eu mudei.
Se eu fiz algo errado,
Nunca mais farei.
Prometo mudar
E jamais falhar,
Mas caso isso aconteça,
Talvez eu mereça um pouco mais de indulgência.
Sobre a minha negligência sensata,
Persistirei em minha mudança.
Minha melhora.
Minha evolução mansa.

Conselhos


Mas que vontade de deitar

Parar
Pensar
Findar o processo
Morrer na preguiça
Morrer com o descanso
E o descaso
Simplesmente frear
Imobilizar
Congelar
Me esticar
Me aconchegar
Te abraçar
Ritmar minha respiração
E assim ficar pra sempre
Vontade de nada fazer
Pela eternidade
Aproveitar uma folga qualquer
Pra depois
Poder exercer meu precioso carpe diem
E voltar à luta do cotidiano
E estudar
Estudar
Estudar
Estudar
Estudar
Estudar
Que nunca é demais
Mas sempre carpe diem
Por que os momentos de melhor proveito individual
Sejam eles como forem
São os mais importantes
Então, aproveite!
Dormir
Sorrir
Deixar partir
Tomar de volta
Um sorvete
Uma xícara de café
Amigos
Pizza
Sushi
Risadas
Jogos
Violões
Cartas
Dominós
Caminhadas
Parques
Árvores
Pique-niques
Guitarras
Amores
Namoros
Beijos
Relações pra toda a vida
A vida não volta
E não podemos escolher o que fazer
Às vezes, só nos resta dançar um tango argentino
Por isso
É que eu digo pra aproveitar
O dia de amanhã, ninguém vai adivinhar
Permaneça no limite
No seu equilíbrio corporal
Estudar define o futuro
Mas, que fique registrado
Uma vez me disseram
Que só o amor é fundamental
"Case-se com os livros, então"
Mas eu sou besta
E ainda assim, de besta tenho é nada
Veja o sol nascer de mansinho
E lembre, com meu sussurro em sua mente
As palavras que todos sabem e já ouviram dizer
"É impossível ser feliz sozinho"

domingo, 5 de maio de 2013

Originalidade


Muito valorizado hoje é a originalidade
Tanta gente quer conseguir se tornar original
E quem consegue?
Não são os especiais
Os que são bem instruídos
Não são os que pensam diferente
Não são os mais inteligentes
Nada é preciso,
Além de ser o que se é
Alternativo, conservador, neo, retrô
Agir como se age
Falar como se fala
Pensar como se pensa
Inovar!
É só deixar um pouco mais de ser normal
E passar a ser mais o que se tem por dentro
Originalizar é a ação de expressar e demonstrar o que se sente
É ser autêntico
É mostrar o que se é
Mostrar que somos diferentes (e como) um dos outros
Mostrar nossas particularidades pra todos verem
Sem vergonha
É pensar, criticar, amar, sentir
Tudo com autonomia
É pensar fora da caixa que faz nos destacarmos na multidão

Luz

      Tantas cores... são tantas as formas que a luz nos traz. A luz tudo nos permite ver. E quando estamos na escuridão, nos sentimos perdidos, sem rumo ou deprimidos.
     Não sei o que seria de nós sem a luz... sentiríamos que algo estaria faltando talvez. Ou então, teríamos medo de tudo o que a luz nos mostraria, e não veríamos a beleza que é o colorido.

sábado, 4 de maio de 2013

O grande julgador e os julgamentos de terceiros


     E lá estava ele de novo, na sua. Sentado num banco, curtia seu reino imaginário outra vez, viajando distante em sua mente. Percebeu a aproximação de três fêmeas e as julgou, como de costume. Nenhuma delas era bonita ou parecia ser interessante o suficiente pra ele. Ignorou-as então, voltando para seu reino de harmonia. Em certo momento, mais uma fêmea se aproximou. Julgou-a, para não perder o costume. "Que menina feia", pensou.
     Daí, esperou um pouco e se concentrou na reação das outras fêmeas quando a "feia" se aproximou. Sentadas próximas a fêmea "feia", riram e julgaram quase discaradamente. Duas que estavam um pouco mais distante disseram baixo "olha a franja dela" e riram. Espantado, o grande julgador se sentiu culpado em julgar. 
     Depois da fêmea "feia" bater em retirada, as demais continuaram falando e rindo dela. O deboche foi tanto que o grande julgador sentiu de novo suas cicatrizes arderem. Sentiu a áurea da fêmea "feia" que, se tivesse ouvido cada xingamento proferido, teria se entristecido. Sentiu-se um lixo. Um lixo ardendo em chamas com suas cicatrizes. Sentiu outra vez como era ser julgado.

Mais uma camada de gostosura

Eu sou lindo e maravilhoso
Sou gostoso e ainda é pouco
Sou legal com todos, acredito
A minha  opinião é a melhor, ta dito.
Se eu te ofendo, é para te ajudar
Se te elogio, comigo podes andar
Não? Só existe quando eu digo
A menos que eu te diga para negar
A minha vida é uma nação
Minha palavra é lei, com razão
Pois sou o melhor do mundo
Quem duvida, procure a fundo
Mas quem sabe um pouco de maquiagem
Ainda tenho espinhas no rosto
Maquiagens e cirurgias...
Tudo uso e faço, a gosto
Agora sou lindo e maravilhoso
Sou gostoso e mais um pouco.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pensamentos Misturados


Não consigo,
Eu persisto.
Tenho raiva,
Eu desejo.
Começo a cair,
Eu levanto.
Quero um abraço,
Eu beijo.
Vou odiar,
Eu amo.
Estou triste,
Eu corro.
Para bem longe.
Em um lugar mais longe talvez,
Às vezes canso dessa vida,
Mas quero fazer tudo outra vez.

Desencaixe-se!


Saia da rotina
                                                           Saia do padrão
   Tenha na sua vida
                                        Uma renovação
Desencaixe-se!
                                                                  Saia do quadrado
                      Pense fora da caixa
                                  Pra não ficar desesperado
                Stop the alienação, mi amigo
                                                        Sabes ao menos como te llamas?
                   Automatisierung é pra máquinas!
                                                                 Somos people!
       Somos crazy!
                               Somos adaptáveis!
                                                               Somos mutaciones all the time!
 Somos nada!
                             Mal somos alguma coisa!
                         Mas quando deixamos nossa autenticidade de lado
Aí, d
       e
        c
         a
          í
           m
             o
              s e nos tornamos
                                            mais insignificantes
                                                                Que um coaxo de sapo
                        Nos tornamos
                                                 Acéfalos

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Hairuwulf

Hairuwulf, O Berserker.
Lutando unicamente por Odin.
Um lobo solitário, munido de espada apenas.
Isso seu próprio nome já demonstra.
Tomado por inexplicado frenesi,
Os inimigos congelam diante de ti.
Hairuwulf, foragido de Niflheim,
Mostrando o poder de Lynsverd,
Oh, poderosa Espada dos Raios.
Esta facilmente carrega consigo as almas dos inimigos,
Para Musphelhein, ou para a deixada de lado Niflheim.
Hairwulf, lobo de luz que carrega A Espada,
Talvez um tanto distante de alcançar Valhala,
Mas sua eterna bravura te carregará até o fim.
Apenas caminhe e encare seu destino,
O Ragnarök já está por vir. 

Ecos do ito (dança da inspiração)


Sentar no espaço infinito
Pensar nos países em atrito
Nos casais em conflito
Na canção e seu grito
A seca e a chuva de granizo
O metal, a pedra de granito
Escrevo e desvendo todo mito
Passo pro papel tudo que sinto
Sento na cadeira, aperto o cinto
Deixo pra lá a vodca e o absinto
Peço café, a cada hora mais um litro
Vejo passando a piar um periquito
Vejo crescer um pé de palmito
Percebo na sombra um olhar esquisito
Gravo e recordo o som que emito
Enquanto os grandes astros imito
Idolatro pensamentos eruditos
Volto a pensar num assunto restrito
Procuro na minha mente, em cada brecha solicito
Um assunto que tenha o perfeito requisito
Não acho um que seja meu favorito
Me sinto cada vez menos expedito
Viajo, na mente, pro Egito
Percebo minha concentração da finura de um palito
Mais uma xícara de café ao meu lado deposito
Me olho no espelho e me dou um pito
Acabo pensando em bailarinas e seus modelitos
Tentei me lembrar se hoje tinha chuva de meteorito
Mas paciência é um bem finito
É, realmente, há dias que não se dá pra elaborar um escrito.

Nunca irei te esquecer...

          Pareço ter esquecido de você e dos nossos momentos juntos. Parece que esqueci que te amei, como se tudo o que eu havia dito não fosse real, como se todas lágrimas derramadas fossem falsas. Mas não é bem assim... eu ainda te amo, ainda me preocupo com você, ainda quero você feliz. Só que me toquei que você não seria feliz comigo, percebi que outra pessoa conseguiria te deixar muito mais feliz do quanto eu iria. Eu ainda te amo, por isso eu te deixei em paz, por isso eu dei meia-volta no caminho que fazia enquanto te seguia, e passei a andar pelo meu próprio.
        Eu não deixei de te amar. Eu falei a verdade quando disse que você sempre teria um lugar reservado no meu coração, ocupado pelas lembranças que eu tenho suas, já que você se ausenta: sua voz à sussurrar; sua mão à me acariciar; seus olhos à me encarar; sua boca à me beijar. Aquele verão vai ficar na lembrança, como um sonho. Fui sincera quando disse que não seria capaz de te apagar das minhas memórias.
       Esquecer-te... substituir-te... deixar de te amar... tudo isso está fora de contexto. Foi como se eu tivesse escrito seu nome à caneta em todas as páginas da minha vida: mesmo se eu tentar apagar, vai deixar para sempre uma marca.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Condimentos


Saí
Te encontrei
Te observei
Te conheci
Te percebi
Te interpretei
Me apaixonei por ti
E naquela noite
Fiquei assim
Sorriso de maionese
Olhos de ketchup 
E nariz de mostarda
Tomei até coisa estragada
Só pra ficar um pouquinho mais ali
Pertin de ti