domingo, 29 de dezembro de 2013

Uma criatura como eu

Apesar de toda a confusão
E decepção
Bem no olhar psicótico do vampiro
Ele não era tal coisa
Nem besta, nem humano, nem fantasma
Nem assombração
Só a mente louca
Assassina
Genial
E principalmente
Gentil e amorosa
Incompreendida
Nos braços da solidão profunda
(Nossa solitude)
Bem justificável
Com a aparência de seu olhar desfigurado
Confuso e clamando paciência
Clamando menos noite
Menos morte
Clamando o amor
Que faz seu peito bater forte
E o ardor da paixão sem nenhuma sorte
Apenas meant to be
Bem como eu me sinto
Ele se sentiu do começo ao fim de seus dias
E compartilhamos dores parecidas
De solidão e de mórbida vida
De loucura em profusão
E alma corrompida
Como ele, deslocado
Me sinto assim também
Um tanto quanto entusiasmado
Esperando na janela pelo meu bem
Que como o dele
Veio e se encantou
Podia ter vivido uma bela história de amor
E como o dele, falhou
Transformando o mundo em dor
Me fazendo da solidão um refém

Daquela noite

Naquela noite, contemplando o mar
Eu me perdi
Na imensidão do azul
E na escuridão sob o luar vermelho
Em transfusão
Naquela noite de indagação
Eu me perdi no meu desritmado coração
Apaixonado
Delirante, em eterna hesitação
Naquela noite, a música era esplêndida
Havia o calor da multidão
Mas este era uma brisa fria
Em comparação
Com nossos corpos agarrados
Em brasas
Eu me perdi no olhar de uma morena
E as ondas e rochas formavam ali mesmo
Um belo cenário de amor
Conseguindo cumprir o que sempre quis
Tasquei-lhe um beijo e fui feliz
Até quando durou
Nem tudo foi como planejado
Mas depois de meses terminei o que pensei
Escrevi o que ali imaginei
Que tava há tanto engasgado
E posso agora considerar isso tudo terminado

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Controle

     Raiva! Raiva de mim por querer discutir com alguém por outro alguém! Raiva por sentir ciúmes de alguém que está na minha vida a tanto tempo que eu nem lembro do momento que essa pessoa passou a fazer parte da minha rotina! Em cada segundo que passa, maior é minha raiva por não conseguir controlar o tal do ciúme. Eu gostaria que fosse tudo mais simples, e que eu pudesse controlar meus sentimentos da mesma forma que controlamos a televisão com o controle remoto. Gostaria de poder deletar a raiva e o ciúme da minha vida, deletar a paixão por aquele que me fez sentir tudo aquilo que passei a sentir, controlar quando e por quem me apaixonar, selecionar aquelas pessoas capazes de me conquistar. Um controle desses em minhas mãos, e eu seria alguém plenamente satisfeito com a própria vida e tudo seria mais fácil, seria tudo tão mais simples que eu não teria nem como explicar. Mas se fosse fácil, não seria uma vida porque ela é difícil para que nós possamos aprender. Mas mesmo sabendo que é assim que a vida trabalha, eu ainda quero esse controle sobre mim e ter a opção de excluir para sempre esse ciúme do meu dia-a-dia.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A viagem pelo caminho de volta pra casa

A volta ao lar
É sempre a mais ingrata
Vou voltar no tempo
E o suspender com uma fermata
Coroado será o meu vento
Longe de lá
Vim de ré pra cá
Caminhei bem devagar
E a solidão me carregou
Sem dó
Entre essa gente
Careta e covarde
Que nem de repente acordou
Fui pedir piedade
Ao sábio senhor
Que me desembarcou no fim do caminho
Agora já era tarde demais
E não sabia eu
Que, ao voltar pra casa pelo mesmo destino
Me tornei tão careta e covarde
Quanto todos aqueles estranhos
Que, como eu, voltaram pra casa
Ao morrer da tarde

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Analisando o Andarilho Urbano.

O andarilho urbano
Que estuda as ruas,
Forma seu pensamento,
Com álcool em sua mente obscura.

Obscura não por morbidez,
Obscura por não passar lucidez.
Ideais da mais pura insanidade,
Paz interna através da simplicidade?

Não passa de um louco, logo digo.
Um jovem em pouco tempo enlouquecido.
Carrega sua cheia e suja barba pela cidade.
Enquanto perde o avanço da humanidade.

...Apesar de uma voz no vento ecoar,
Ocupar o local e sempre me perguntar:
É desse avanço que vós realmente precisais?

Quantos monstros cabem em mim

Eles sussurram tantos absurdos 
Ou gritam alto, desesperadamente querendo escapar
Eles martelam ideias e recuam, sentem medo
Cada um tem sua própria identidade 
Cada um tem sua função
Mas se ajudam simultaneamente 
Se atrapalham e bagunçam tudo
Não dormem, não sentem o cansaço cair sobre suas cabeças
Eles não param, e como poderiam?
Suas olheiras são mais profundas que um abismo
Não há tempo dentro de tanto tempo
Eles culpam uns aos outros todo dia
Não tem uma decisão certa
A única certeza é nunca fugir
E quantos são? Creio que sejam poucos
Afinal cada um completa o outro 
Mas não sei mesmo é dizer quantos deles podem caber aqui.

À noite

Do limiar da minha janela observo minha Vegas.
Calorosa e atraente sendo assim uma mentira.
Se tangida mostra-se frívola e alheia como só uma cidade que vive na penumbra da noite pode ser
E ritmado com as estrelas suas luzes acendem.
Cortada por carros hostis com pessoas hostis que habitam a madrugada de minha amada cidade.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Minhas Vidas Digitais

Sou influente um imperador.
Todos são meros peões
Controlo todos eles,
Com o clicar de um botão.

Sou um poderoso Berserker.
Massacro hordas inteiras,
Apenas apertando um botão.
Ninguém escapa de minha fúria.

Sou piloto das ruas.
O mais rápido da cidade
Fugindo da autoridade...
Fugindo da realidade.

Sou um fuzileiro naval.
Com uma incrível precisão,
De um jovem asmático, com calo na mão,
Destruo o mal espacial.

Eu sou tudo isso
E nada disso.
Quem realmente sou?



sábado, 14 de dezembro de 2013

O direito de não ser

O direito de não ser

Como é difícil não ser.

As cobranças são tantas, que se fosse mais fácil seria ser.

Invejado por não ser, por alguém que é, muito embora para quem não é, não importa o que és ou o que acha ser.

Se fosse, será que seria invejado? Ou desejariam que não fosse?

Sentir muito por não ser aquilo que gostassem que fosse, pois está feliz em ser algo que se deseja ser, é a maior virtude de um ser.

Poema por C.A.C.M.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cedi à crônica

             Não tem coisa mais depressiva do que o ônibus. Principalmente se tu tiver que pegar o mermo todo santo dia, na merma santa hora. Mas mermo que não. Mesmo que seja assim... sem hora certa, sem rumo certo. É desolante. Um cheio de gente se olha e não se vê. Que grita desesperadamente com os olhos uma a outra, mas nada. Sem uma palavra. Sem um aconchego. Só lamento. Um espaço digno de intensa analise sociológica continua e exaustante. É sempre desalento. Você com os seus pensamentos, ouvindo o motor e ansiando por vento, por sentimento, por descanso. Mas não. É o barulho mais cheio de silêncio que tua alma pode presenciar. É só lamurio,  murmúrio, premúrio suplicando por sustento. Amontoado de gente junta e só.

Eu te amo

Aquelas três palavras
Ditas por todo mundo
A qualquer hora
Pra qualquer ouvido e coração
Não passam
De ínfima presunção
Até o momento do ka-boom!
E tudo se revela
Tudo te cria
Tudo te chama
Tudo te ama
E se amplia
Tudo contagia
Contamina
Desintegra e etc
Blá blá blá
Ti-ti-ti
A poeira da explosão cega quem falou e quem ouviu
E cabe a eles arremessar mais explosivos na confusão
Para confundir ou parar o coração
De vez
Pra cegar o cerebral
E permanecer no calor da loucura
Pra quando tudo, inevitavelmente, se acomodar
Os corações virarem olhos e mentes
E pedirem pra cabeça só mais um tempo
Pedirem pra alongar o que se tem
E nunca deixar apagar
O furacão de um laço firme, mas frágil
Caberá ao cérebro julgar
E ele poderá ser tão carrasco quanto quiser
Não depende de ninguém
Além da sabotagem de si mesmo
Mas quando o cogumelo for desfeito
E a poeira já estiver partido
Assim também ficará o coração
Pois ele terá toda a razão
Pra se sentir sentido
Mas o fato é que aquela área já não mais será habitável
A poeira radioativa do fim contaminará tudo ao redor da vida
E medidas extremas poderão ser necessárias
Isolar o ponto específico do coração é viável
Pra sair de uma ilusão
E tentar voltar a uma vida saudável
Se satisfazendo com água e pão
Num estado lamentável de lamentação
E vazio
Mas sem misericórdia
E sem peso
Sem olhar pra trás
O vazio que ficou com o silêncio e tudo que foi devastado
Será um dia recuperado
Reconstruído e contemplado
Mutações existirão no meio do caminho
E eles vão querer voltar para a área contaminada, vez ou outra
Mas isso tudo será impedido
Pelo próprio senso de direção
Reconhecerão que seus destinos se divergiram
E que não haverá encontro no futuro
Mas tudo estará bem assim
Pois, depois de tanta explosão
Morte, coisa errada e decepção
Mesmo com os esquisitos e a mutação
A terra se renovará
E haverá uma nova guerra
Pelo mesmo coração

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Pedra dos Sábios

A verdadeira Pedra dos Sábios,
Revela o seu verdadeiro Ser.
Não enriquece no plano material,
Porém produz o Ouro Divino do Espírito.

Alcançar a iluminação da aura,
O despertar do corpo elétrico,
Trazer a Divina Luz do Sol ao mundo...
O mundo de uma nova era.

Anjo

O anjo que me guarda e guia
É aquele na qual sua energia
Vive e transforma todo o ódio em amor
Aura divina que me purifica
Mas sua benção só é feita quando merecer
Acreditando
A fé não cega é fruto de sabedoria
Para a busca da verdadeira serenidade

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Conceituações

Viva! Mas como viver?
É pra ser feliz
E isso, como se faz?
Pare um pouco
Deixe tudo pra trás
Não
Não me escute
Eu quero mandar em você
Mas me escutando
Já tás fazendo um dever
Que eu impus
A você
Palavras faladas
Pesadas
De um jeito que seduz

O erro de nós todos
É nos pegar questionando
O que pra nós faz sentido
E ainda assim não entendemos direito
E aí, recorremos aos "sábios"
Que nem sempre são tão esclarecidos
Que, por vezes, estão mais errados que nós mesmos
Que ensinam temores e deveres
Completamente sem nexo
E que nos fazem sentir cerceados
Nos iludem e nos direcionam
A tudo que eles querem
Tiram nossa liberdade
Nossa autenticidade
Deixamos de ser nós mesmos
Com nossos erros
Pensamentos
Anseios e desejos
E passamos a ser alienados
Achando que viveremos por um propósito
E defenderemos isso com unhas e dentes
Pois estamos certos
E ninguém pode tirar isso de nós
Mas a verdade é que
Nada disso é o que somos
Nos cegamos pra dizer que é assim
Mas como vamos saber
Se não temos como provar?
A resposta é dizer que nem todos têm o que você tem
Mas se alguém acredita que somos irmãos
E acredita no amor
Não se pode colocar barreiras entre pessoas
Pois estamos na mesma lama
Somos todos sujos
Todos nós precisamos evoluir, sem exceção
Não há crenças melhores ou maiores
Não há pessoas mais santas
Nem deuses mais puros
Nem sentimentos mais corretos
Somos todos frutos de um só grande poder
E nos devemos ajudar e tratar assim mesmo
Pois quem se vangloria e se coloca acima dos outros
Na verdade, encheu o peito
Ergueu o olhar
E se iludiu
Achando que tá melhor que alguém
Mas nunca realmente sentiu
Que nós somos minúsculos
E nossas vidas, pouco importantes
Perante o real objetivo da vida
Que é evoluir

Me escutar agora
É idiotice
Pois, como todos os que não são sábios e assim se afirmam
Estou muito errado
Ou posso estar...
Na realidade
A verdade
É que não sabemos o que vamos encontrar
E todos estamos com medo
Mas os conceitos são cegos
E mais cego ainda somos nós
Que inventamos de conceituar
E não sabemos nada

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que?

Visto minha roupa pelo avesso
Troco o açúcar do meu café por sal
Desperdiço a cafeína 
Esqueço minhas chaves
Tropeço nas rachaduras de uma rua
Perco meu ônibus, perco a parada
Não ouço, não falo
Observo as pessoas indo e vindo 
Procuro as palavras para a conclusão de um antigo poema
Perco também
A ponto de nada fazer mais sentido
Nem o poema
Nem o que eu penso
Nem o que eu acabei de esquecer.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Stella

É do jeito que sempre tem o que falar
Chega tomando atenções
Impactante como um granada
E ainda assim, consegue ser mulher das mais simples
Tímida? Jamais
Mas nem tanto extrovertida assim também
Sabe exatamente o caminho
De se fazer fofa e de carinho
E de ser séria até grossa
De desejar pra todos
E, amém
Que assim seja pra todos nós
Como você bem falou
Não te dei o que querias
Mas melhor coisa tu achou
E no mundo não há regalia
Que vá superar tudo isso
Mesmo que tomes chá de sumiço
Nunca esquecerei
Do passado que tive ao teu lado
Sonhando acordado
Contigo brinquei

sábado, 7 de dezembro de 2013

Espiríto companheiro

Um que se vai
um apenas não
também filho de meu pai
mas não é meu irmão
O espaço vazio na minha vida
amanhã e depois fará falta
uma alma tão querida...
que eu só sinto falta.
Venha a mim, como fazia
deite no meu colo, como eu queria
dê tanto carinho com sua atenção
dê tanto amor, com seu coração
Sei que você remexe
toda vez que falo de ti
nesse buraco frio...
que eu ainda não vi
Você conversava comigo
sem falar dar um pio
mas sempre será meu amigo
porque você me viu
Eu te amo, meu companheiro
e ainda te levarei pra passear
e quando eu for a seu veleiro
iremos juntos, velejar.

Decisão?

Estou farto de aturar a mim mesmo
Não aguento mais viver comigo
Ando pelas ruas e continuo me seguindo
Estou sozinho e continuo discutindo
Conversas de impotência e solidão
Carência e ilusão
Sem fim
Tudo dentro de mim
E eu exerço meu belo drama
Me infernizo todo dia
Dizendo que sou vítima
Cheguei ao meu limite
Isso tudo é insuportável
Eu entendo e admito
Todo dia, o mundo comete contra mim
Um ato de homicídio
E eu, pra escapar da désolé sem fim
Escolhi o suicídio

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Compreender

Em meus pensamentos mais profundos
Fujo para um lugar de grande tristeza
Por que em meu coração há lembranças tão tristes?
No fundo guardo uma dor imensurável
Hoje acredito, que amor não é
Apenas um mera paixão
Ou talvez até um amor não compreendido
Crescer é o que resta para mim agora
Ver como tudo funciona e pensa
Ver como tudo tem que ser
Acabar com as preocupações pequenas
E me importar com as pessoas ao meu redor
Cuidar mais deste coração impuro
De pensamentos tão maliciosos
Meu Deus, ajuda-me achar a cura
Ajude-me achar o amor!

Esclarece, por favor.

     Me explica. Explica por que tem que ser eu, por que você nega quando digo que terás outras na vida, por que você quer que eu fique, por que você insiste comigo. Me explica isso e tudo o mais que eu não entendo, por favor. Não entendo por que me fazes tremer, me fazes desejar você, muito mais de você, me fazes querer te ter sempre ao meu lado, me fazes sentir algo verdadeiro, me deixas viciada por teu cheiro, tua voz, teu olhar, teu toque, e todo o resto que te envolve. Me diz por que você não simplesmente me ignora quando eu digo "fique perto", já que quando você se aproxima eu grito "se afaste". Por que você insiste? Por acaso queres se aproveitar do que sinto por você, ou demonstrar para mim todas suas respostas para minhas perguntas? Fala para mim o que se passa na sua mente.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O mesmo menino

Quando eu era mais novo
Tentei escutar
Mas não me sentia assim mesmo
Nunca via um grão de esperança
No meu vasto céu triste
Não me bastava o alpiste
Este vinha com desconfiança
Vida que não tinha sabor de torresmo
Fui tentar me isolar
Acabei preso no meu ovo
E minhas preces que ninguém ouvia
Deixei para trás
Parti.
Virei alma desolada
Presa em caixão de melancolia
Mistura coesa
Com falta de alegria
Excesso de tristeza
E agonia no coração
E agora que voltei
Vivi mais um pouco
Ainda sem o sol matutino
Sou o mesmo menino
Sofrendo rouco
Ao pé do ouvido
Desse mundo louco
Que não faz sentido
E me deixa só
Com dó
E nada mais

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Amor de rima

Tuas cores rimam com meu humor azul
Minha insistência rima com tua ausência
Minha ilusão rima com tua benevolência
Se estou norte, te apetece o sul
E o gás me apodrece forte
E se alimenta o urubu

Tua frieza rima com meu fogo

E, que beleza
Não peço arrego
Te puxo, sossego
Te desmantelo de novo

Tua vivace não me percebe

Meu coração é morto
Meu sentimento é torto 
Mas me persegue
E me lambuza feito porco
Deixa minh'alma alegre

Minha solidão é um mundo

Afogado no teu coração profundo
E se diz com convicção
Que me deleito em poço fundo
Na tua ilusão
Alimentando o amor com insistência
Pois toda essa minha paixão
Rima muito bem com a sua inexistência

domingo, 1 de dezembro de 2013

Pesca

Queria modelar e descobrir
Mas isso já não podia fazer
Vou ver o mundo cair
E o rosto amanhecer
Queria solar teus anseios
Dominar tuas habilidades
Queimar teus devaneios
Em todas as cidades
Mas tudo que queria
Querer já não poderei
Tudo isso me dá agonia
Das palavras me apoderei
Já vou usá-las como trunfo
Se ninguém sabe usar como eu
Não vou fazê-las de drunfo
Como fez um amigo meu
Vou torná-las cativantes
E tu vais te apaixonar
Com amor tão cintilante
E de plenitude feito o mar

Tudo ou nada

E quem dirá que com o tempo tudo não vá se transformar em mágoa?
Se todo esse amor que aparenta ser tão inesgotável chegar a sua conta.
Não vai haver mais nada, nada além de "Se" e "E" nessa história.
Vai ser como se tudo tivesse sido em vão.
Os anos gastos, pensando e sonhando com um futuro distante,
Que desperdício seria todo esse amor jogado fora, posto de lado
Por pura ironia do destino, falta de tempo, horários desiguais.
Quem sabe o que aconteceria no decorrer de meses?
Afinal, nessa vida, tudo pode vir a acontecer,
Do mesmo modo que nada possa virar mágoa e por fim virar um amor inigualável.

Queria eu

Queria eu
que você tivesse aqui
Queria eu
que não deixasse de vir
Queria eu
mais um dia cheio contigo
Queria eu
cumprir meu papel de amigo
Por que eu não faço direito?
Pra quê tanta chatice?
Sou eu quem estou no seu peito
mas porque fazer idiotice?
Aproveite todos os seus dias
mesmo que eu não esteja lá
Sou mais um escrevendo vias
de te falar pra vir pra cá
sem perdão no bolso
sem amor pra dar
apenas mais um...
Ter você nos meus braços agora
só pra dormir enquanto eu te observo
fazer coisas que você adora
até pareço o seu servo
Te dar apenas um abraço para o dia todo
Queria eu...
Queria o tolo.

O Pior Momento

     Só mais um segundo. Espere, não vá. Sei que amanhã nos veremos novamente, mas um pouco mais desse nosso momento, por favor. Gostaria de ter o controle do tempo nas mãos para poder repetir essas poucas horas que passaram, para poder parar quando você sorri para mim, para poder voltar no momento em que comecei a falar e tentar melhorar meus dizeres, me expressar de uma melhor maneira. Te peço agora alguns minutos, mais um beijo, mais um abraço, mesmo a gente se vendo todos os dias, só mais um... Talvez seja pedir demais, mas eu não quero me despedir.