segunda-feira, 20 de maio de 2013

Desabafo


Indeciso de minhas vontades
Sigo minha vida pensando
De cabeça baixa
Toco meu violão e viajo no som sozinho
Sinto a vibe ao meu redor
O cheiro das plantas
A brisa geladinha desarrumando meus cabelos
As pessoas conversando
Até aquele momento em que tomar decisões é inevitável
E eu penso, repenso, analiso, julgo
E, no fim
Nada
Decido fazer nada
Gasto horas pensando em como seria
Já gastei horas desejando que acontecesse algo
Ou desejando fazer algo
E nunca fiz
E assim continuo
Sem saber o que querer ou o que fazer
Mas ainda a analisar as situações
E estranhamente, desejando que elas acontecessem por um lado
E hesitando seus acontecimentos por achar que fosse dar errado
Bom, provavelmente não daria certo mesmo
É só aquela parte imatura e carente de mim querendo que as coisas acontecessem
Resultado disso é minha mente ficar confusa e indecisa
Luto pelo quê?
Pelo que quero?
Mas o que eu quero é outra coisa
É uma coisa diferente das que estou lutando
E aí dá mais vontade de lutar
E gera mais insegurança ainda
Não acho que existam lutas em vão
Mas sei os riscos que corro com cada luta
Cada vitória, ou impressão de vitória, te revigora
Te deixa radiante
Te faz leve
Só que, quando menos se espera
Alguém pode vir e te dar uma facada profunda no peito
E aí, tá tudo acabado outra vez
Foi assim que começou o grande trauma
Talvez daí que venha toda essa confusão e indecisão
Fazer o quê? Lutar? Esperar?
Sei lá
Esqueci o que eu quero
Tô fora dos eixos
E essa confusão vai me deixando mais indignado
Revoltado
Enquanto a confusão e indecisão aumenta
Pra resolver esse impasse
Só jogando tarô, dados, 
Pedra, papel e tesoura
Acho que eu to querendo levar outra facada, isso sim!

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