quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ecos do ito (dança da inspiração)


Sentar no espaço infinito
Pensar nos países em atrito
Nos casais em conflito
Na canção e seu grito
A seca e a chuva de granizo
O metal, a pedra de granito
Escrevo e desvendo todo mito
Passo pro papel tudo que sinto
Sento na cadeira, aperto o cinto
Deixo pra lá a vodca e o absinto
Peço café, a cada hora mais um litro
Vejo passando a piar um periquito
Vejo crescer um pé de palmito
Percebo na sombra um olhar esquisito
Gravo e recordo o som que emito
Enquanto os grandes astros imito
Idolatro pensamentos eruditos
Volto a pensar num assunto restrito
Procuro na minha mente, em cada brecha solicito
Um assunto que tenha o perfeito requisito
Não acho um que seja meu favorito
Me sinto cada vez menos expedito
Viajo, na mente, pro Egito
Percebo minha concentração da finura de um palito
Mais uma xícara de café ao meu lado deposito
Me olho no espelho e me dou um pito
Acabo pensando em bailarinas e seus modelitos
Tentei me lembrar se hoje tinha chuva de meteorito
Mas paciência é um bem finito
É, realmente, há dias que não se dá pra elaborar um escrito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário