quinta-feira, 16 de maio de 2013

Bem de consumo


Ah, meu bem!
Meu metrô, meu trem,
Meu amor e mais além.
Meu amor é quem?
Nem lembro quando foi alguém,
Só sei que hoje não é mais ninguém.

Mas sua presença é essencial,
És um bem capital
E lamentavelmente és o amor,
Um bem não durável.
És bem de quem, que não te tenho?
Acho que não sou consumidor.
Sempre fui duro mesmo...

Em meio a tanto temor de acabar sozinho,
Troquei o amor pelo consumismo.
E faço o quê se não te posso comprar?
Tardo a esperar?
É mais fácil nascer outra vez
Do que essa cabeça consumista mudar.

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