A volta ao lar
É sempre a mais ingrata
Vou voltar no tempo
E o suspender com uma fermata
Coroado será o meu vento
Longe de lá
Vim de ré pra cá
Caminhei bem devagar
E a solidão me carregou
Sem dó
Entre essa gente
Careta e covarde
Que nem de repente acordou
Fui pedir piedade
Ao sábio senhor
Que me desembarcou no fim do caminho
Agora já era tarde demais
E não sabia eu
Que, ao voltar pra casa pelo mesmo destino
Me tornei tão careta e covarde
Quanto todos aqueles estranhos
Que, como eu, voltaram pra casa
Ao morrer da tarde
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