terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O mesmo menino

Quando eu era mais novo
Tentei escutar
Mas não me sentia assim mesmo
Nunca via um grão de esperança
No meu vasto céu triste
Não me bastava o alpiste
Este vinha com desconfiança
Vida que não tinha sabor de torresmo
Fui tentar me isolar
Acabei preso no meu ovo
E minhas preces que ninguém ouvia
Deixei para trás
Parti.
Virei alma desolada
Presa em caixão de melancolia
Mistura coesa
Com falta de alegria
Excesso de tristeza
E agonia no coração
E agora que voltei
Vivi mais um pouco
Ainda sem o sol matutino
Sou o mesmo menino
Sofrendo rouco
Ao pé do ouvido
Desse mundo louco
Que não faz sentido
E me deixa só
Com dó
E nada mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário