quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Vermelhos

Atrás da tela virtual, esconde-se o não almejável.
Simplicidade em seu sotaque, ela é pura simpatia.
Ela é toda alegria
Nos momentos que nem eu sei descrever.
Momentos que mal presenciei,
Mas que, de certo, jamais esquecerei.
Uma pedra rara com sabor de doce de leite,
Ela é como cantar mentalmente
Em minha própria calma.
Me mantém alerta antes do sono.
Me maltrata com gosto no quarto escuro.
Eu pedindo a Deus só mais um sonho.
Ela vêm antes e me trás insônia
Pra me fazer palpitar antes de cair,
E me fazer devastado ao levantar.
Ela é bem mais do que eu posso imaginar,
Níveis desconhecidos de mistério.
Mas me assombra o olhar chamativo
E as mãos acariciando os cabelos.
Na frente de todos, os fios ruivos se soltam
E ela vira uma flor a desabrochar.
Como sempre, já estou atrasado.
Cinco mil quilômetros de distância.
Ah, se fosse ela a minha infância,
Poderia eu dizer que a vi primeiro.
Mas eu vi, em minha mente nevoeiro,
A moça bela dos cabelos vermelhos.

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