domingo, 29 de junho de 2014

Brenda

Brenda nunca foi na Sé...
Ao invés disso, Brenda ia na fé.
Ia, imparável, de encontro ao seu destino.
Nunca queria fazer por menos.
Ela metia o pé
E abraçava o que via pela frente.
A compaixão que lhe cabia.
Fazia sentir amor permanente.
Ela nunca subiu aquela morro.
Ao invés disso, ela descia contemplando tudo
E observava as luzes dos barcos na imensidão do mar.
"Aqui eu morro", dizia Brenda.

Brenda
Que nunca colocou um pé em Olinda...
E eu não tinha dúvida da sua vinda.
Ainda que ela quisesse parar sempre no caminho.
Ela queria sempre investigar minuciosamente
As novas paisagens que ia descobrindo,
E ia se descobrindo nas paisagens.
Seus olhos castanhos levando a novos horizontes.
Era só isso que eu queria dizer.
Brenda cheia de graça,
Morava longe da Sé,
Andava junto da fé
E lhe caberia como uma luva ser uma grande aventureira.
Sim, ela o faria com sucesso.

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