segunda-feira, 1 de abril de 2013

Carolina


Apenas mais uma moça,
mas não só mais uma.
Diferente, claro, como a maioria é uma da outra,
mas era o meu estilo de diferente.
O diferente bom, maduro, pensante, apesar da pouca experiência de vida.
Tão profunda como uma poça d'água.
Sim, uma poça.
Não por que é rasa e superficial, 
muito pelo contrário.
Poças são relativas.
Podem ser tão rasas quanto profundas, e assim ela é.
Surpreendentemente, parece escolher quando quer ser o que se é.
Ou o que não se é.
Até hoje ainda não sei.
É uma criatura que me rodeia com um mistério incrível.
Me deixa paranoico com cada atitude. 
Não sei o que faz, por que faz, como faz, onde faz.
Tanto faz.
Pra ela, um "sei lá" seguido de um olhar vazio e inocente para o horizonte já basta.
Um "bom dia" seco.
A demora da resposta.
Uma resposta fria.
Demonstrações de quem não liga.
Nenhum esforço aparente.
Mas, ainda assim, 
o sorriso do reencontro.
O abraço apertado.
Leves demonstrações de nervosismo.
Interpretação tem de boia.
Noia.
Paranoia.

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