terça-feira, 27 de maio de 2014

O "amor" pelo psicólogo. (obrigada Freud e Mead)

Depois de adentrar em teu ser.
Depois de te revirar, te estudar, te acolher.
Sabia como te ajudar.
Sabia como te lembrar e te fazer respirar.
Depois de pensar..
Vi teu SELF desmanchado.
Vi a neura do teu SUPEREGO.
Vi a ânsia do teu ID.
Vi teu desespero pra ser alguém pros Outros Significantes.
Vi quando criastes tua máxima, se afirmando para o Outro Generalizado.
Vi que tua Linguagem era rasa.
Vi de forma mais enlouquecedora a briga sangrenta que desregulou teu EGO.
Vi e entendi tudo o que se passava da forma mais conexa que pude chegar de ti.
Te ofereci um colo. Não quis.
Te ofereci consolo. Não quis.
Te ofereci escape pra a angústia de tuas Pulsões. Não quis.
Entendi. Até sorri.
Tua felicidade não depende de mim. Nem de ti. Também não quis, eu, por muito
muito tempo ser feliz. Sinto que continues assim.
Sinto? senti.
Agora reflito na tentadora segurança do conhecido.
Reflito sobre o que fazer de mim.
Triste me faço ao ver a ti, assim.
As vezes ao me ver assim.
As vezes.
As vezes sou como ti .
As vezes esqueço de mim.
As vezes me afogo dentro de mim.
As vezes ainda me divirto com partes de mim.
As vezes ainda invejo os que, por sorte, não enxergam a si.
As vezes, me Perdi.

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