sexta-feira, 5 de abril de 2013

Geração ativista do Iphone.

           Nota-se que temos apego à palavra dita. Mas não suficientemente. Tantos falam da injustiça da coisa, da passagem de ônibus, das notas erradas, do desvio de dinheiro público, de representante dos direitos humanos que fere aos direitos humanos.. Mas a verdade é que ninguém se importa muito. Esses que se dizem intelectualizados, atualizados, ativistas. Uma geração em busca de ideologia, de algo para mudar o mundo, mas com medo demais de sair de casa, de estar sozinho. Protestam por trás de seus computadores. Computadores têm memórias variáveis, apagáveis, de muita informação mas pouca promessa. Não deve ser por falta de querer, deve ser por comodismo. Se ele não levanta, por que eu deveria? Aí ele não levanta, eu não levanto e ninguém muda nada. Ultimamente está tudo tão fácil, que correr atrás do difícil não vale a pena, é perda de tempo. Temos medo de perder nossas coisas mais que nossos amigos. Perder. Sim, e por que estamos perdendo o apego à palavra dita? Será que é por causa desse nosso silêncio agora, diante de nossos computadores?

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